N60 • JUL 2024
EDITORIAL
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No finalzinho do mês de junho, precisamente no dia 28, celebrou-se o marco de 500 dias até a abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que vai ser realizada em Belém, no ano que vem, a COP 30.

Previsto para ocorrer entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, o evento é um dos principais fóruns mundiais para debater as mudanças climáticas, como elas afetam o nosso planeta e o que podemos fazer no sentido de freá-las e minimizar seus efeitos.

Essa será uma oportunidade única para colocar a Amazônia no centro desse debate, ainda mais, reunindo especialistas, ativistas e líderes mundiais, para discutir formas de contribuir para a preservação das florestas e como elas, por sua vez, podem contribuir para o futuro do planeta.

Nesta edição do Simineral ON, falamos sobre essa contagem regressiva, para um dos mais importantes eventos já realizados em nossa região sobre o tema e, também, como as empresas de mineração estão inseridas nesse debate, investindo em ações e realizações para reduzir suas emissões de gases e contribuir para um futuro positivo para o planeta.

Além disso, também lembramos como foi a nossa participação na última edição da Feira da Indústria (FIPA), onde mostramos como os minérios são fundamentais e estão presentes em nossa vida e ainda realizamos uma importante ação, com a doação de diversos itens utilizados em nosso estande junto a uma instituição social.

Espero que desfrutem da leitura!

anderson
Anderson Baranov

Presidente Simineral

Amazônia em foco
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Já estamos em contagem regressiva para um dos mais importantes eventos no calendário global de ações climáticas dos últimos anos: a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025, que será realizada em Belém, a COP 30.

A trigésima edição do fórum da ONU, onde são debatidos e decididos os rumos do enfrentamento às mudanças climáticas e suas consequências, está sendo encarada como uma das Conferências fundamentais já realizadas na história.

Em primeiro lugar, porque o evento marcará os 10 anos do Acordo de Paris, quando foram definidas as metas para redução das emissões de gases causadores do efeito estufa. A expectativa é de que as metas sejam revistas na Cop de Belém, quando deverão ser apresentados novos planos nacionais para o cumprimento do Acordo (manter o aumento da temperatura global abaixo de 2°C e limitá-lo a 1,5°C).

Além disso, há a simbologia de realizar uma Conferência na Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, que ocupa ponto central nos debates sobre redução das emissões e também sobre adaptação e compensação, dois assuntos que devem ganhar força nas próximas discussões.

Inclusive, na COP que será realizada esse ano, no Azerbaijão, deverá ser definida a nova meta coletiva para o financiamento climático, especialmente os recursos que serão destinados para os países mais pobres: aqueles que mais sofrem com as mudanças climáticas, apesar de menos contribuir para elas.

A COP da Floresta

Outro tema que deverá ganhar força na COP 30 será o protagonismo das florestas nas dinâmicas de transição climática e o fortalecimento do chamado “Sul Global” na governança mundial do clima, sendo liderado por países como Brasil, Congo e Indonésia, que concentram mais de 80% das florestas tropicais no mundo.

Essa decisão, de realizar a COP na Amazônia, reforça, justamente, essa necessidade de ações concretas e coordenadas para proteger este ecossistema vital, uma oportunidade para líderes globais e especialistas discutirem estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, mas também para destacar a importância de políticas que promovam o desenvolvimento sustentável na região.

Isso inclui o financiamento para a conservação da Amazônia, apoio à pesquisa científica e tecnológica, e o estabelecimento de estratégias para o uso sustentável dos recursos naturais.

Sustentabilidade
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Modelo econômico voltado para o uso sustentável dos recursos da floresta, a bioeconomia cria produtos de valor agregado e auxilia no desenvolvimento da região com a geração de trabalho e renda para as populações locais ao promover conservação da biodiversidade, recuperação florestal e industrialização sustentável.

No Pará, esse trabalho é executado a partir do desenvolvimento de biocosméticos, bioinsumos e outros produtos que ganham destaque e projetam um futuro mais sustentável para a Amazônia.

Com o propósito de fortalecer uma economia sustentável, justa e inclusiva, o Fundo Vale investe e fomenta negócios e iniciativas de impacto socioambiental positivo que geram retorno financeiro e com potencial de escala.  Em 15 anos, foram investidos mais de R$ 360 milhões em iniciativas de impacto socioambiental na Amazônia, beneficiando cerca de 340 empreendimentos.

Para Patrícia Daros, diretora de Soluções Baseadas na Natureza da Vale, a bioeconomia conecta empreendedorismo e inovação. “A Amazônia é a floresta tropical com a maior reserva de biodiversidade do planeta. Seu potencial em bioeconomia é inquestionável. A busca por um modelo de desenvolvimento econômico sustentável, justo e inclusivo tem que passar pela identificação de oportunidades e a superação de importantes desafios na região. Promover a bioeconomia e o empreendedorismo é investir no futuro da Amazônia e, para isso, temos o desafio de, por meio do Fundo Vale, impulsionar soluções de impacto socioambiental positivo unindo os saberes tradicionais aos conhecimentos científicos e tecnológicos”, afirma. 

Em Altamira, a Mazô Maná trabalha com a produção e comercialização de super alimentos gerados a partir de frutos regionais como açaí e cupuaçu, oriundos do extrativismo sustentável e comunitário.

O empreendimento surgiu em 2022 e compõe o portfólio da AMAZ. Apoiada pelo Fundo Vale, a iniciativa conta com um fundo de financiamento híbrido (blended finance) de R$ 25 milhões para investimento em negócios de impacto nos próximos cinco anos, o primeiro voltado exclusivamente para a região.

Com foco no mercado alimentício nacional e para exportação, a startup desenvolveu o “SuperShake da Floresta Amazônica”, feito com 14 ingredientes amazônicos que tem como diferencial ser um suplemento vitamínico 100% natural e plant-based, ou seja, criado majoritariamente a partir de plantas e frutos da região.

“O produto surgiu para promover uma nova geração de negócios na Amazônia que agregue valor para as comunidades e para a floresta, oferecendo uma opção saudável e sustentável para quem consome”, explica um dos fundadores da Mazô Maná, Marcelo Salazar.  

A DINAM, em Parauapebas, é exemplo de negócio que fomenta a bioeconomia na região, dessa vez por meio da produção de pimenta-do-reino. A empresa, que surgiu em 2021, atua no plantio e no beneficiamento do produto e projeta alcançar, até 2026, mais de 100 toneladas de pimenta-do-reino sustentável. 

Participante da Jornada Impacto ao Cubo, com apoio do Fundo Vale, a DINAM tem a chance de se aprofundar nas diversas dimensões relacionadas à gestão. “Desde a implantação do primeiro pimental sustentável da região, conhecemos assuntos importantes como o ‘Comércio Justo’ e, principalmente, aprendemos como colocá-lo em prática com nossos produtores parceiros. Hoje, com a Jornada, nós temos acesso a diversos especialistas e participamos de discussões que ajudam a criar nossa teoria de mudança e mensuração do nosso impacto socioambiental na região”, comenta Thainara Vasconcelos, diretora-geral da DINAM no Pará.

INFORME:
Investimento

Hydro investe R$ 8,8 bi em ações voltadas para Clima e Meio Ambiente

Atuar de forma responsável, alinhada às comunidades vizinhas de suas operações, respeitando o meio ambiente e inovando para produzir um alumínio cada vez mais verde. Com este compromisso, a Hydro, líder global em alumínio e energias renováveis, realiza um dos maiores investimentos do setor no Brasil em tecnologias para tornar sua atuação em toda a cadeia de valor mais sustentável: são mais de R$ 8,8 bilhões anunciados desde 2022 no país, direcionados para soluções inovadoras em descarbonização, reflorestamento, economia circular, produção e consumo de energias renováveis, entre outros.

“A companhia possui meta global de reduzir em 30% as emissões de CO2 até 2030 e neutralizar as emissões de carbono até 2050. Neste sentido, as operações do Brasil têm papel estratégico”, destaca Anderson Baranov, CEO da Norsk Hydro Brasil.

Carlos Neves, vice-presidente de Operações de Bauxita e Alumina da Hydro, destaca a importância das ações voltadas para clima e meio ambiente implementadas pela companhia. “A meta da Hydro é produzir um alumínio cada vez mais verde. Por isso, atuamos em diferentes frentes para aumentar nossa eficiência de forma sustentável. Estamos mudando nossa matriz energética, adotando novas técnicas para impulsionar ainda mais o reflorestamento das nossas áreas e apoiando pesquisas sobre a biodiversidade na Amazônia. E não vamos parar por aí, pois temos um compromisso com o planeta e as gerações futuras”, explica.

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INFORME:
ESG
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Em junho é celebrado o Dia do Meio Ambiente e essa data é essencial para a reflexão sobre o impacto das atividades e as práticas que podem ser adotadas para garantir um futuro mais sustentável. O Grupo Aço Cearense, composto pela SINOBRAS em Marabá/PA, SINOBRAS Florestal em São Bento/TO e Aço Cearense em Caucaia/CE, tem como alicerce valores fundamentais como o cliente, os colaboradores, os resultados e a sociedade. Recentemente, o Grupo realizou um diagnóstico ESG (Ambiental, Social e Governança), permitindo uma avaliação detalhada da maturidade das práticas adotadas. Esse diagnóstico não apenas identificou as ações já implementadas, mas também destacou oportunidades para aprimoramentos futuros.

Um dos destaques vai para a SINOBRAS como a maior recicladora de sucata de aço do Nordeste e Norte brasileiro, refletindo o compromisso da empresa com a redução do desperdício e a maximização dos recursos disponíveis. Além disso, a siderúrgica também faz o reuso da água e adota práticas de logística reversa. No que diz respeito à mitigação e adaptação climática, a SINOBRAS realiza inventários de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), demonstrando um compromisso com a redução da pegada de carbono. Esse esforço tem sido recompensado com uma intensidade de carbono 10 vezes menor do que a média nacional no setor siderúrgico.

Na SINOBRAS Florestal, por exemplo, houve uma expansão significativa dos cultivos de eucalipto para produção de redutor bioenergético, resultando na captura de 560 mil toneladas de CO2 nas plantas da empresa em 2023. Além disso, existe um investimento na proteção da biodiversidade local, mapeando e preservando mais de 800 espécies de mamíferos, aves, répteis e peixes em suas áreas de preservação.

A SINOBRAS reafirma seu compromisso com práticas sustentáveis que visam o bem-estar do planeta e das futuras gerações e continuará a investir em iniciativas que promovam a sustentabilidade, reconhecendo que a verdadeira prosperidade só pode ser alcançada por meio do respeito e cuidado com o meio ambiente.

Conheça mais!
INFORME:
TBT

Veja como foi a participação do Simineral no evento

Em parceria com o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), o Simineral participou da edição 2024 da Feira da Indústria (FIPA), um dos maiores eventos do setor industrial e empresarial da região Norte. No estande “Casa da Mineração” os visitantes puderam conhecer mais como a mineração está presente, na prática, no dia a dia de todas as pessoas.

A ideia do espaço foi mostrar como os minerais estão presentes em uma casa, podendo identificar, por exemplo, quais os que são utilizados na fabricação de eletrodomésticos, como geladeira, fogão, televisão, entre outros.

O presidente do Simineral, Anderson Baranov, ressaltou a importância e o resultado positivo de reforçar essa atuação do setor mineral no Pará e a participação dele para o desenvolvimento das sociedades.

“A parceria que firmamos com o Ibram foi muito positiva, pois pudemos apresentar aos visitantes da FIPA tudo o que se está discutindo no setor mineral, como novas políticas, ações sustentáveis e diversas outras medidas evolutivas para o setor, especialmente aqui no Pará, mineração”, destacou Baranov.

Já o diretor-presidente do IBRAM, Raul Jungmann, reforçou a importância de mostrar, de forma clara e direta, como os minérios contribuem para a qualidade de vida. “Este é um fato que nem todos percebem e a proposta da Casa da Mineração foi justamente reforçar junto ao público o quanto os minérios são essenciais para o nosso dia a dia, em quase tudo o que fazemos”, afirmou.

Sorteio e doação

Todos o materiais utilizados no estande, como os equipamentos e eletrodomésticos, foram doados para uma instituição de caridade, que foi escolhida em votação pelos próprios visitantes do estande. Além disso, uma TV de 50 polegadas também foi entregue em sorteio para um dos visitantes do espaço.

VÍDEO

Assista ao vídeo do #TBT Fipa

CRÉDITOS

CASA DA MINERAÇÃO

Travessa Rui Barbosa, 1536 • Cep: 66035-220 • Belém-PA(91) 3230-4055 • www.simineral.org.br

REALIZAÇÃO

Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral)

Criação e Produção

Agência EKO

PATROCINADOR DIAMANTE

PATROCINADOR GOLD

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