N58
EDITORIAL
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Legado. Entre uma das definições do dicionário para essa palavra, está a de que é algo que é transmitido para outra pessoa que vem a seguir, algo como uma herança das ações que executamos hoje e que repercutirão no futuro.

Você já parou para pensar no que pretende deixar ou está deixando para quem vem a seguir?

No setor mineral, essa pergunta tem movido cada passo de nossa atuação.

Com responsabilidade e muita vontade de fazer a diferença, as empresas que atuam na cadeia mineral do Pará têm investido em tecnologias inovadoras, pesquisado e adotado processos cada vez mais sustentáveis e assumido metas firmes de reduzir impactos ambientais, como, por exemplo, zerar suas emissões de carbono até o ano de 2050.

Nesta edição do Simineral On, trazemos algumas dessas ações positivas, que estão ajudando a transformar o mundo e o jeito com que produzimos itens essenciais para vida da humanidade.

Entre elas, está a substituição de combustíveis, como o óleo pesado, por alternativas mais sustentáveis, como o gás natural. Essa medida já começa a ser adotada agora, com a recém-inauguração do primeiro terminal de gás natural liquefeito de toda a região Norte, que terá as indústrias minerais entre seus primeiros e principais clientes.

Outra solução que chama a atenção é o sistema de velas rotativas utilizadas pela Vale em suas embarcações, permitindo utilizar a força do vento para aumentar a eficiência e reduzir as emissões de carbono durante as viagens.

Esse é o legado que estamos construindo, todos os dias, na indústria mineral: um mundo conservado e muito melhor para todos.

Desejamos a você uma boa leitura!

Anderson Baranov,

Presidente do Simineral

ENERGIA
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Um marco histórico para o Pará e, também, para o setor mineral do Estado. Assim pode ser classificado o recém-inaugurado terminal de gás natural liquefeito (GNL), o primeiro da região Norte e de toda a Amazônia.

Implantado no porto de Vila do Conde, no município de Barcarena (PA), o terminal tem grande capacidade de produção e irá receber gás natural em estado líquido e transformá-lo em gasoso, para que seja distribuído para o consumidor final.

Nesse primeiro momento, os principais clientes do produto serão as indústrias minerais instaladas no município de Barcarena, que já planejam substituir combustíveis, como o óleo pesado, pelo gás natural, o que contribuirá de forma significativa e decisiva para a descarbonização de suas operações.

A cerimônia de inauguração foi realizada a bordo de uma balsa com vista para a Unidade Flutuante de Armazenamento e Regaseificação de Gás Natural (FRSU, na sigla em inglês), no porto de Vila do Conde. Participaram do evento, o governador do Estado, Helder Barbalho, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o presidente do Simineral, Anderson Baranov, além de diversas lideranças do setor mineral e de outras instituições e áreas.

Entenda o que é e como funciona o terminal

O Terminal de Gás Natural é uma unidade de processamento, que vai receber e armazenar o gás natural em estado líquido e converter em gás natural em estado gasoso, para que seja entregue para a distribuição. A instalação é formada por um terminal em terra e uma Unidade Flutuante de Armazenamento e Regaseificação (FSRU, na sigla em inglês), que funciona em alto-mar e possui aproximadamente 300 metros de comprimento.

O gás chega ao terminal por via marítima na forma líquida, pois assim é mais fácil de transportar e armazenar. Após a regaseificação, é enviado para a Companhia Gás do Pará, que é a responsável pelo serviço de distribuição e movimentação de gás natural no Estado. Será a partir das estações da Companhia, localizadas também em Barcarena, no nordeste do Estado, que o Gás Natural será distribuído e movimentado inicialmente para clientes do segmento industrial e termoelétrico. A distribuição iniciará já no primeiro trimestre de 2024 para a indústria Hydro Alunorte.

O terminal inaugurado hoje faz parte do projeto Complexo Termelétrico Barcarena, com investimentos de R$ 2,5 bilhões. A previsão de inauguração da usina é em julho de 2025. A iniciativa abrange ainda a construção de uma linha de transmissão de cerca de cinco quilômetros de extensão para conexão da usina ao Sistema Interligado Nacional de energia.

VIDEO

Aperte o play e entenda mais sobre novo terminal

Quer saber um pouco mais sobre o terminal de regaseificação, os investimentos realizados e como ele pode ajudar na transição energética do setor mineral, do estado do Pará e do país? Então aperte o play, que o jornalista Gabriel Pinheiro leva você em uma viagem a bordo do gigante navio de 300 metros de comprimento, que será responsável por esse processo de transformar gás natural líquido em gasoso, para que depois seja enviado para distribuição.

INFOGRÁFICO

R$ 300 MILHÕES

Foi o custo do terminal de regaseificação.

70%

Da mão de obra empregada na obra foi paraense.

15 milhões

DE m³

É a capacidade de regaseificação por dia do novo terminal, o que representa 22% de toda a demanda atual do Brasil.

300 METROS DE

COMPRIMENTO

Possui a unidade de regaseificação, o equivalente a quase seis piscinas olímpicas.

A instalação é formada por um terminal em terra e uma Unidade Flutuante de Armazenamento e Regaseificação (FSRU, em inglês) em alto-mar.

R$ 2,5

BILHÕES

É o investimento previsto no Complexo Termoelétrico Barcarena, do qual o terminal inaugurado faz parte.

2025

É a previsão de inauguração da usina termoelétrica, que também passará a receber gás natural através do novo terminal.

5 Km

De linhas de transmissão serão construídas para conectar a usina ao Sistema Interligado Nacional.

30%

Menos CO2 será emitido na atmosfera somente com a substituição do carvão pelo gás natural na geração de energia.

SUSTENTABILIDADE
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A indústria mineral tem se destacado por sua crescente preocupação com práticas sustentáveis e a mitigação de impactos ambientais. Nesta edição do Simineral ON, três empresas associadas merecem evidência por dedicarem esforços no cuidado com o meio ambiente e o bem-estar das comunidades.

Uma dessas pioneiras é a Hydro, que estabeleceu metas ambiciosas visando à neutralização das emissões de carbono de suas operações até 2050. Além disso, a empresa está engajada em investir em fontes renováveis. Recentemente, dois contratos de compra de energia solar provenientes dos projetos Hydro Rein foram assinados. Dentre eles, destaca-se o “Mendubim”, projetado para gerar cerca de 531 megawatts (MW) de energia solar, sendo a Hydro Alunorte responsável por aproximadamente 60% desse consumo.

A Vale é outra empresa que estabeleceu um plano sustentável abrangente, comprometendo-se a alcançar metas a curto, médio e longo prazo. As iniciativas incluem a redução das emissões de gases de efeito estufa, a promoção do uso de energia renovável, a minimização de emissões atmosféricas, a recuperação de florestas e a diminuição do uso de água doce

A Mineração Rio do Norte (MRN) também se destaca, concentrando seus esforços na recuperação de áreas mineradas. Ao longo dos últimos 41 anos, a MRN reabilitou impressionantes 7.398,18 hectares, realizando o plantio de mais de 14,5 milhões de mudas de 450 espécies arbóreas nativas. Além disso, a empresa opera em 24 reservatórios, utilizando uma mistura de água, areia e argila sem adição de produtos químicos. Cerca de 80% da água utilizada na lavagem de bauxita é reutilizada, enquanto a água residual é infiltrada e evapora gradualmente, transformando o rejeito em um material com comportamento sólido. Essas práticas exemplares reforçam o compromisso da MRN com a sustentabilidade e a preservação ambiental.

ENERGIA
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Com um investimento aprovado de R$1,3 bilhão, a Hydro Alunorte será o primeiro consumidor de gás natural do estado do Pará. Com a chegada da Unidade Flutuante de Armazenamento e Regaseificação e a inauguração do terminal de importação da New Fortress Energy, a Hydro Alunorte iniciará a produção de alumina com o uso do gás natural como fonte de energia e concretiza o principal compromisso da empresa assumido com o Governo do Estado no acordo de ICMS, garantindo a longevidade dos benefícios de suas operações à sociedade paraense.

Segundo Anderson Baranov, vice-presidente de Relações Externas da Hydro na América do Sul e presidente do Simineral, a mudança da matriz energética para o uso do gás natural em seu processo produtivo, além de contribuir para a descarbonização de suas operações, será um catalisador para a implementação da distribuição de gás para toda a região do Pará.

O gás natural substituirá o óleo pesado e resultará na redução anual da emissão de 700 mil toneladas de carbono, o equivalente à redução de 30% nas emissões na refinaria.

O projeto é uma das principais iniciativas de descarbonização da Hydro e viabilizadora chave para a ambição da Hydro global de reduzir em 30% as emissões de CO2 até 2030.

A Hydro Alunorte já é uma das refinarias mais eficientes no consumo de energia do mundo, figurando entre as 25% mais eficientes em baixa emissão, e o objetivo é não parar por aí. A companhia tem desenvolvido um programa ambicioso para neutralizar as emissões de carbono das operações da Hydro globalmente até 2050.

Em 2022, a empresa instalou uma nova caldeira elétrica, a maior disponível no mundo, e outras duas caldeiras elétricas entrarão em operação este ano. Juntas, as caldeiras poderão reduzir mais de 400 mil toneladas de emissões de CO2 por ano. Além disso, a Hydro Alunorte investe em outras fontes de energia, como projetos de geração solar e eólica, assim como testes com biomassa a partir do caroço do açaí, que também poderá representar uma economia circular com a destinação sustentável do resíduo tão presente na Região Metropolitana de Belém.

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INFORME:
DESCARBONIZAÇÃO
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No caminho rumo à descarbonização, a Vale estabeleceu a meta de reduzir as emissões líquidas de carbono de escopo 1 e 2 (diretas e indiretas) em 33% até 2030, e zerá-las até 2050. Em 2021, a empresa anunciou investimentos de até US$ 6 bilhões para atingir essa meta. Para tanto, são três frentes:

Alternativas para processos produtivos: desenvolver soluções alternativas para os processos minerais e metalúrgicos que hoje resultam em emissões de GEE. Foi produzida pela primeira vez, em escala industrial, uma pelota com qualidade comercial sem o uso de carvão antracito.

Uso de energias renováveis: atingir a meta de 100% do consumo de eletricidade por fontes renováveis nas operações do Brasil até 2025 e globalmente até 2030. Para isso, a Vale está investindo em energia solar e eólica. Em 2022 foi inaugurada a usina de energia solar Sol do Cerrado, em Jaíba (MG), em um investimento de R$ 3 bilhões (US$ 590 milhões). É um dos maiores parques de energia solar da América Latina.

Combustíveis alternativos e eletrificação: desenvolver tecnologias alternativas que substituam os combustíveis fósseis por fontes limpas nas operações da empresa. São mantidos estudos para várias possibilidades de combustíveis alternativos como amônia, etanol e biodiesel.

Foi assinado um acordo com a Wabtec para iniciar estudos para desenvolvimento de um motor de locomotiva movido a amônia.

Além disso, foi estabelecida a meta de reduzir as emissões de CO2 de escopo 3 em 15% até 2035. Para isto, há o fomento à criação de complexos industriais chamados Mega Hubs, desenvolvendo capacidade de concentração de minério – o que aumenta a qualidade do produto –, e eleva a produção de aglomerados. Foram assinados acordos, incluindo Memorandos de Entendimento com mais de 30 clientes de vários países para desenvolvimento de soluções de descarbonização da produção de aço.

Na frente de produtos, a empresa desenvolveu o briquete de minério de ferro. O produto vai contribuir para reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEE) da indústria siderúrgica, apoiando a luta do planeta contra as mudanças climáticas.

A navegação também é fonte de emissão do escopo 3 para a Vale. Uma das soluções implantadas foi o sistema de velas rotativas, que permite utilizar a força do vento para aumentar a eficiência da embarcação, reduzindo as emissões de carbono. As velas rotativas, que trazem um ganho de eficiência de até 8% aos navios.

INFORME:

CRÉDITOS

CASA DA MINERAÇÃO

Travessa Rui Barbosa, 1536 • Cep: 66035-220 • Belém-PA(91) 3230-4055 • www.simineral.org.br

Criação e Produção

Agência EKO

PATROCINADOR DIAMANTE

PATROCINADOR GOLD

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