N56 • NOV 2023
EDITORIAL
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O combate ao racismo, à discriminação e à desigualdade é uma luta constante, que deve ser travada em todos os espaços. É preciso estar sempre atento e ir além do discurso. Antes de tudo, é preciso reconhecer que vivemos em um país plural, diverso e em que mais da metade da população se reconhece como negra ou parda, mais precisamente 56%, de acordo com o último Censo divulgado pelo IBGE.

Porém, em vários ambientes, sejam eles empresariais, educacionais ou institucionais, ainda é nítida a desproporção entre pessoas brancas e não brancas. É uma conta que não fecha.

Nos últimos anos, temos visto e acompanhado esse debate por mais igualdade e diversidade ganhar, com justiça, força na sociedade. E não poderia ser diferente com o setor mineral. Nossas empresas associadas não só reconhecem esse problema, como têm atuado, dia após dia, para mudar e transformar essa realidade.

Com programas de contratação, práticas de valorização e políticas de promoção, as empresas que atuam no setor mineral vêm reduzindo a desigualdade em seus quadros, em todos os níveis, das áreas de produção até cargos de liderança. Inclusive,

com metas reais e públicas de aumento da diversidade e redução das desigualdades, como veremos nesta edição do Simineral On.

Além disso, trazemos uma matéria especial, sobre a participação do governador do Pará, Helder Barbalho, no programa Roda Vida, da TV Cultura nacional. A entrevista mostrou o alinhamento que existe entre a visão do governo do Estado e o setor produtivo mineral na promoção do desenvolvimento pleno, igualitário e sustentável do Pará.

Já em nosso Podcast ON, trazemos um panorama sobre mecanismos como a rastreabilidade da matéria-prima e a certificação da cadeia produtiva mineral. Mostramos como essa ferramentas são fundamentais para sufocar o mercado ilegal e promover a legalidade e sustentabilidade da produção de matérias-primas essenciais para a nossa vida.

Desejamos a você uma boa leitura!
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Anderson Baranov,

presidente do Simineral

ENTREVISTA
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O Governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), esteve no centro do Roda Viva, o mais tradicional programa de entrevistas do Brasil. Ao longo de quase duas horas, Helder respondeu às perguntas da bancada comandada pela jornalista Vera Magalhães. Entre as questões levantadas, estiveram pautas como o marco temporal, demarcação de terras indígenas, eleições de 2026, sustentabilidade, entre outros.

Em pelo menos dois momentos, Helder foi perguntado sobre mineração. No primeiro deles, respondendo a uma pergunta da jornalista Laís Duarte, da TV Cultura de São Paulo, o Governador explicou como ser possível minerar sem causar danos ambientais e combater o garimpo ilegal.

Na resposta, Helder classificou como “fundamental” o estabelecimento de regras de licenciamento e a exigência compensatória para autorizar “uma atividade que é extrativa [referindo-se à mineração] e, por conseguinte, faz o manejo, faz a supressão da vegetação”. Na sequência, o Governador defendeu que os órgãos licenciadores possam colocar as condições para que a atividade possa ser sustentável a fim de que se mitiguem os impactos ambientais. Barbalho também fez a defesa de que “na atividade da mineração nós tenhamos a rastreabilidade do produto oriundo dos minerais, inclusive no caso da mineração,

onde você possa fazer o lançamento do rastreio da origem do minério, fazendo cruzamento da licença ambiental, fazendo o cruzamento da autorização de exploração de lavra e fazendo o cruzamento da nota fiscal porque, com isto, você vai afunilar e você vai permitir que só esteja na atividade da mineração quem está legal”.

O posicionamento do Governador repercutiu positivamente na Casa da Mineração, no bairro de Nazaré, em Belém. Para o Presidente do Simineral, Anderson Baranov, Helder amplificou um discurso já trabalhado nas quase 15 associadas do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará, o Simineral. “O Governador Helder mostrou um posicionamento do qual o setor mineral legal do Pará é signatário: respeito às leis, às pessoas e ao meio ambiente. Defendemos que a atividade só possa ser exercida por quem cumpre o regramento ambiental e a legislação em todos os aspectos, do tributário ao trabalhista, e acrescento: seria ótimo para atividade que exista um selo para rastrear a origem do minério. Isso vai asfixiar os produtores ilegais e vai beneficiar toda a cadeia que trabalha com seriedade e gera cerca de 300 mil empregos no estado”.

Clique aqui e veja a matéria completa.
podcast on

Rastreabilidade garante uma produção mais sustentável

No nosso podcast deste mês, o jornalista e produtor de conteúdo Gabriel Pinheiro nos conduz em um passeio para entender melhor como ferramentas e tecnologias, como a rastreabilidade e certificação de cadeias produtivas, entre elas a do ouro e do alumínio, podem ser fundamentais no combate e sufocamento da produção ilegal desses minérios, garantir um mercado cada vez mais legal e sustentável desses produtos em todas as pontas, desde a produção até o comprador final.

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DIVERSIDADE

Ações afirmativas reduzem a desigualdade no setor mineral

O racismo, o preconceito e a desigualdade são problemas estruturais, que afetam todas as esferas da sociedade, mas principalmente a população negra, homens e mulheres que ainda enfrentam condições desiguais no ambiente de trabalho, nas escolas, universidades e espaços institucionais.

Reconhecendo a importância e o tamanho desse problema e como ele impacta a vida de milhões de pessoas, o setor mineral tem lançado mão de diversas iniciativas, com o objetivo de se unir no combate à desigualdade racial brasileira.

Seja através de programas sociais, em diálogos transparentes e apoio a populações e comunidades tradicionais que convivem em áreas próximas às operações minerais ou mesmo em programas internos de recrutamento, de promoção, valorização e afirmação da população negra, as empresas minerais têm investido, cada vez mais, em ações que vão ao encontro dessa discussão, contribuindo para sanar

historicamente, é mais atingida pelas vulnerabilidades sociais e preconceito racial.

Na Vale, por exemplo, foi assumido um compromisso, tornado público, de ser uma empresa antirracista, promovendo a equidade de oportunidades, a valorização empregados negros e o combate ao racismo em todas as suas formas. A empresa estabeleceu a meta de ter, pelo menos, 40% das posições de liderança (coordenadores e acima) no Brasil compostas por pessoas negras.

Além disso, através de programas de contratação, vem aumentando a participação de profissionais negros em seu quadro de funcionários. No programa de Trainee, por exemplo, dos 144 participantes, 66% era de negros. Programas de valorização de carreira, de capacitação de talentos e campanhas de conscientização, são outras iniciativas fortalecidas pela Vale no Brasil.

INFOGRÁFICO
Mesmo com ações e políticas afirmativas, o racismo histórico e estrutural presente no Brasil ainda são barreiras que dificultam a inserção no mercado de trabalho e o desenvolvimento profissional da população negra. Por isso, é preciso avançar.
56%

da população brasileira se declara como preta ou parda (IBGE).

A população negra ocupa apenas

6,3%

dos cargos gerenciais e menos de

5,3%

das posições executivas.

72,9%

da população desocupada no Brasil é negra.

Homens brancos (profissionais e proprietários) recebem, em média, R$ 8,4 mil. Enquanto mulheres nas mesmas condições (profissionais e proprietárias) recebem menos de R$ 4 mil.

Um homem negro recebe cerca de

58%

do que um homem não negro recebe, enquanto uma mulher negra recebe ainda menos, cerca de

46%

desse valor. (DIEESE)

60%

dos trabalhadores e trabalhadoras informais no Brasil são negros e negras.

Fontes: Pesquisa “Jovens Negros e o Mercado de Trabalho”, encomendada pelo Banco Mundial, e Boletim Especial 20 de Novembro – Dia da Consciência Negra, do Dieese.

CAPACITAÇÃO
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Por meio do projeto Mulheres Quilombolas em Ação, da Plataforma Conexões Sustentáveis, mulheres de diferentes faixas etárias, da comunidade quilombola Sítio Cupuaçu/ Boa Vista, recebem capacitação e profissionalização para geração de renda própria, com qualificação técnica na área de beleza afro, inspiradas pelo respeito a cultura dos valores tradicionais quilombolas. A iniciativa é apoiada pela Plataforma Conexões Sustentáveis, uma realização do Fundo de Sustentabilidade Hydro (FSH) com os parceiros Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA), Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e Aliança Bioversity & CIAT, com execução da Iniciativa Barcarena Sustentável (IBS).

Além das aulas de capacitação, o projeto participa de ações em Barcarena, para que as alunas possam aplicar seus conhecimentos e ampliar sua rede de contatos. Uma dessas atividades foi no Hospital Materno Infantil, para as profissionais

do local, onde receberam os cuidados em design de sobrancelhas e tranças. Para a terapeuta ocupacional Maynara Santana, que participou da ação, é gratificante ver o projeto acontecendo no município. “Fico muito feliz de contribuirmos para a formação dessas mulheres, nessa atividade de geração de renda que traz o empoderamento e o conhecimento para que elas sejam donas do seu destino”, afirma.

profissionais do local, onde receberam os cuidados em design de sobrancelhas e tranças. Para a terapeuta ocupacional Maynara Santana, que participou da ação, é gratificante ver o projeto acontecendo no município. “Fico muito feliz de contribuirmos para a formação dessas mulheres, nessa atividade de geração de renda que traz o empoderamento e o conhecimento para que elas sejam donas do seu destino”, afirma.

Saiba mais sobre a plataforma no site:

www.barcarenasustentavel.org
INFORME:
SOCIAL
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A Vale chega ao fim deste ano bem próxima à meta estabelecida para 2026 em relação à representatividade de pessoas negras em cargos de liderança média e sênior. O objetivo traçado para daqui a três anos é ter um total de 40% dos postos de liderança (coordenadores e acima) ocupados por pessoas negras. Este ano, esse índice deve chegar a 34%. Em 2021, quando a empresa realizou o primeiro censo e divulgou a meta, o percentual era de 29%. Para avançar nesta pauta a empresa tem buscado, cada vez mais, garantir práticas, políticas e processos inclusivos. Atualmente, 50% das promoções internas e das admissões para cargos de coordenador em diante são de pessoas negras, em alinhamento ao propósito da Vale de promover a inclusão e valorizar a diversidade, pilar estratégico de seu negócio.

Além do recrutamento inclusivo, a empresa mantém o foco também em ações internas e externas de desenvolvimento profissional. Entre as externas, está o Programa de Aceleração de Carreira de Mulheres Negras, que teve sua segunda turma iniciada dia 28 de novembro, com 50 participantes. A Vale também desenvolve o Potencializando Talentos Negros, uma capacitação interna para empoderar seus profissionais, estimular a troca de conhecimento e o alinhamento de propósitos de vida e de carreira. O objetivo é acelerar o desenvolvimento de habilidades e competências dessas pessoas, aumentando sua prontidão para ocuparem cargos gerenciais.

Empresa está comprometida em promover equidade de oportunidades, desenvolvimento profissional e enfrentamento do racismo

Sensibilização da força de trabalho e atuação em rede

Campanhas de conscientização e ações de letramento racial têm sido promovidas pela Vale por meio de eventos, treinamentos e disponibilização de conteúdo para a liderança e força de trabalho. Em 2021, a mineradora tornou público seu manifesto antirracista (https://youtu.be/zrD7FAEBMlM), convocando toda a sua força de trabalho a ser ativa contra o racismo. A empresa também conta com grupos de afinidade para temáticas variadas e um deles, criado em 2020, é voltado para o tema da equidade étnico-racial. Enxergando a importância do enfrentamento coletivo ao racismo, a Vale tem se associado a outras empresas comprometidas com a pauta.

Desde 2021, a mineradora faz parte do Movimento pela Equidade Racial (MOVER), iniciativa que reúne cerca de 50 empresas e ambiciona gerar 10 mil novas posições de liderança para pessoas negras, além de capacitar 3 milhões de profissionais negros em todo Brasil. No ano passado, a Vale aderiu ao Pacto de Promoção da Equidade Racial, que propõe implementar um Protocolo ESG Racial para o Brasil, trazendo a questão racial para o centro do debate econômico e atraindo a atenção de grandes empresas nacionais e multinacionais e da sociedade civil para o tema. Este ano a mineradora passou a fazer parte do movimento Carreiras Com Futuro, uma parceria entre sete

INFORME:

CRÉDITOS

CASA DA MINERAÇÃO

Travessa Rui Barbosa, 1536 • Cep: 66035-220 • Belém-PA(91) 3230-4055 • www.simineral.org.br

Criação e Produção

Agência EKO

PATROCINADOR DIAMANTE

PATROCINADOR GOLD

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